“Ser mãe nos dias atuais não é fácil”.
Essa é uma das frases que mais escuto tanto na vida pessoal, quanto no consultório.
E eu me pergunto: ser mãe nos dias atuais realmente não é fácil ou tudo está
cada vez mais tão mastigado, que dá uma certa preguiça de exercer funções
impossíveis de serem facilitadas?
O fato é que ser mãe tem deixado de
ser um papel de ordem natural e tem assumido um caráter opcional: ser mãe ou ter
filhos. São posições que ao invés de complementares, passaram a ser excludentes
entre si. Ser mãe é antes de mais nada,
agir de acordo com sua essência e ouvir o próprio coração dizer: "Eu quero ser mãe!". Enquanto ter filhos implica uma regra pré-estabelecida
baseada em expectativas sociais: "Eu devo ter filhos." Ser mãe tem perdido espaço frente às mudanças
que o cenário atual tem proporcionado à sociedade, mas ter filhos é imperativo clássico para aqueles que querem pertencer a nichos aceitos e convencionais.
Parece mais fácil seguir o rebanho, sem questionamentos profundos, e manter-se fiel à crença simplista de que nascemos para constituir uma família. Essa mentalidade dá origem a uma pseudo-maternidade, repleta de atitudes mecânicas e desprovida de reais emoções. Muito mais humano, é refletir sobre tudo que envolve essa escolha: renúncias, transformações e preocupações sim. Mas acima de tudo, a possibilidade de vivenciar o amor mais genuíno que existe no mundo com a consciência de que "Vossos filhos, não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da Vida por si mesma. Vem através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem." Gibran Kahlil Gibran
Parece mais fácil seguir o rebanho, sem questionamentos profundos, e manter-se fiel à crença simplista de que nascemos para constituir uma família. Essa mentalidade dá origem a uma pseudo-maternidade, repleta de atitudes mecânicas e desprovida de reais emoções. Muito mais humano, é refletir sobre tudo que envolve essa escolha: renúncias, transformações e preocupações sim. Mas acima de tudo, a possibilidade de vivenciar o amor mais genuíno que existe no mundo com a consciência de que "Vossos filhos, não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da Vida por si mesma. Vem através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem." Gibran Kahlil Gibran
A consequência dessa possível apatia é a proliferação de
mães por acaso. Elas ouvem o primeiro “mamãe” pelo celular, assistem ao
primeiro passo pelo ipad, sabem do primeiro namorado pelo facebook, falam com seus filhos pelo whatsapp, saem de casa
quando eles estão dormindo e voltam quando já é o dia de seu casamento. Vivem uma
vida distante, respiram um vazio constante e se queixam de como o tempo voa.
Mulheres que abrem mão de um dom que
só elas possuem, em nome de atributos e títulos que qualquer um pode obter.
Cada vez mais o universo feminino ganha status e poder, mas perde o instinto de
gerar e nutrir seu próprio rebento. Mulheres
dispostas a conduzir empresas com milhares de funcionários, mas incapazes de
encarar o parto do próprio filho, amamentá-lo, oferecer-lhe educação e direcioná-lo
de maneira saudável ao mundo. Os méritos advindos do ingresso da mulher no
mercado de trabalho podem ser muitos, mas as perdas decorrentes desta opção
custam vidas que não voltam no tempo e arrependimentos que chegam tarde demais.
Ser mãe é simples, basta ressoar com
a natureza. Mas há tantos manuais de instruções, que mãe de verdade está se
tornando uma espécie em extinção. O bombardeio de cursos já começa durante a
gestação e persiste até a adolescência: como parir, como amamentar, como dar banho, como
vestir, como dormir, como educar, como conversar, como ser uma mãe nota dez e
por aí vai. Uma busca ansiosa por respostas externas, e pouca paciência para
encontrar dentro de si as verdadeiras soluções. Não há tempo para ouvir a intuição,
talvez porque não seja uma fórmula a ser seguida e sim sentida. Contudo, encontra-se
espaço para ouvir qualquer suposto saber que precisou ler e estudar muito para
se deparar com tudo aquilo que a mulher já nasceu sabendo. É a protagonista entregando
seu papel ao coadjuvante.
O momento pede que as mulheres reflitam sobre
seu verdadeiro lugar no mundo para que sejam capazes de agir a partir de sua
essência e não a partir da expectativa alheia. Muitas vezes passam a vida sendo
aquilo que a sociedade ou qualquer outra pessoa espera delas. E infelizmente é
o caminho mais curto para se perderem de quem realmente são e se distanciarem de sua missão de vida, tão única e insubstituível, quanto os filhos que puderam conceber.
"Mãe é a pele da gente." (Ana Milena Hurtado, 5 anos)
Lindo ! maravilhosa percpção!
ResponderExcluirRealmente as mulheres estao entregando o que só elas são capazes de fazer nas mãos de terceiros. Estava esperando uma boa leitura sobre as mães... grata Má.
ResponderExcluirFeliz dia das maes.! Sonia
Maravilhoso!!!!
ResponderExcluirJá fiz parte do time que acabou de casar,e um dia depois já ouvia - qd vem o baby? Depois que tive o bendito baby, queriam o segundo pq "tem que ter um casalzinho né". Parei no Gael e até hje tenho que me explicar. Um "porque sim" não basta para quem quer "seguir o rebanho", como vc bem disse Mari! Tenho amigas que tiveram o terceiro e a reação segundo elas é - nossa, vc é loouca, tres, tanta criança morrendo de fome... resumindo, o povo é do contra. Gratidao por aliviar minha consciência de que cada um pode e deve ser aquilo que acredita e não aaquilo que acreditam. Bjos , tdo de bom. Suely
ResponderExcluirOlá Maria Inez !
ResponderExcluirFeliz Dia das Mães para você !
Muito obrigada por me enviar e-mail com os artigos do seu blog !
Parabéns!
São ótimos !
Tomo a liberdade de repassar para alguns pacientinhos !
Beijos
Cintia