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terça-feira, 27 de maio de 2014

A escola que você escolheu para o seu filho: Cria ou Atrofia?

Hoje em dia, a falta de imaginação e criatividade é um dos males que mais atingem os adolescentes. Na infância, esquece-se o fato de que é com os sentimentos que o ser humano se relaciona com o mundo, sendo somente mais tarde que seu raciocínio intervém.

Entretanto as crianças são bombardeadas de informações de conteúdo abstrato antes de estarem prontas para tal. Recebem estímulos precoces que produzem efeito nocivo ao seu desenvolvimento sadio. A sociedade moderna criou uma falsa crença de que quanto mais cedo a criança aprende, mais rápido se desenvolve. Porém, esquece-se de acrescentar a essa informação o fato de que apesar do cérebro humano estar em constante desenvolvimento, deve receber estímulos adequados à fase psicoevolutiva em que se encontra. É claro que uma criança vai aprender tudo o que for ensinado a ela, mas pouco se questiona sobre o fato de ela estar preparada para lidar emocionalmente com determinado conteúdo ou não.

É um grande equívoco  ensinar conceitos prontos e preceitos teóricos para crianças que estão apenas descobrindo o mundo. Elas não têm a chance de experimentar por elas mesmas. O esforço que seria por elas utilizado para chegar a alguma conclusão é nulo, ou seja, aquilo que ela aprenderia naturalmente, através de vivências concretas, é embutido em seu cérebro de maneira fixa e imposta. Os conceitos são necessários, porém devem surgir suavemente, com vivacidade e desde que sejam passíveis de transformação.  




Além da precocidade a nível conceitual, existem escolas que se vangloriam (e pais que ficam maravilhados!) ao informar que ensinam “Educação Moral e Cívica” para crianças no jardim da infância. Pais orgulhosos dizem “Ah, meu filho já aprende na escolinha que não pode jogar lixo no chão.” Mas será que já pararam para pensar “como” ele recebe essa informação? Não basta nos preocuparmos com “o que” nossos filhos aprendem, saber “como” e “quando” também é essencial. Uma criança que vê dia após dia os pais jogando lixo no local apropriado, realmente precisa ter uma aula sobre esse tipo de instrução na escola, sabe-se lá de que forma? Dependendo da maneira como tal regra é recebida, ocorre mero adestramento! E ao invés de agregar, pode vir a inibir um comportamento que seria extremamente natural. 

Segundo Rudolf Lanz, ex-presidente da Sociedade Antroposófica no Brasil, “em vez de receber conceitos, a criança deve aprender a tirar conclusões. Toda precocidade a esse respeito, ao contrário do que se poderia pensar, enfraquecerá a autonomia moral depois dos 21 anos de idade. O adulto será tanto mais independente e livre em seus julgamentos morais, quanto mais tarde tiver sido chamado a emiti-los.” O que se poderá esperar então, de jovens que foram ensinados a pensar conceitualmente quando mal haviam saído das fraldas?

É recente o caso de uma menina de 4 anos de idade que se queixava de dor nas mãos para sua mãe. Após ir ao médico, recebeu o diagnóstico de L.E.R. (Lesões por Esforços Repetitivos). Imediatamente a mãe comunicou a escola, que se dispôs a diminuir algumas atividades. Se não tivesse surgido um bode expiatório para refrear esses possíveis exercícios em série, ninguém sabe qual seria o tamanho do estrago.

Não há espaço! Desde criança, os pequenos já não tem tempo para brincar por que “precisam” fazer milhares de atividades: computação, judô, Inglês, natação, música, ballet, etc, etc, etc. Há uma pressa, uma euforia, uma necessidade de mostrar que a criança já sabe isso ou aquilo, que já aprendeu a contar antes mesmo de falar direito. Pra que isso? Não será essa a atitude de pais inseguros e que usam os “avanços” dos filhos para esconder suas próprias fragilidades?




Reinhard Kahl, renomado jornalista alemão, denomina as escolas de hoje “escolas da vergonha”. A divisão dos alunos de acordo com a capacidade intelectual, deixa os mais fracos incisivamente expostos deflagrando o que estes não podem realizar naquele momento e privilegiando outros apenas por seu desempenho lógico. Deixam de olhá-los por inteiro. Esquecem que a inteligência é importante, mas é apenas um entre os diversos atributos a serem desenvolvidos no ser humano.  Ignoram a criatividade, as habilidades sociais e as condutas emocionais, entre outras. Características estas de extrema importância e as únicas através das quais se torna possível construir algo mais humano e compassivo no mundo.

Por que ainda não ensinaram crianças a dirigir? Será esta a próxima oferta das “grandes” escolas? É imprescindível observar que a criança tem anos pela frente a seu favor, a natureza foi sábia o suficiente para oferecer possíveis progressos de acordo com a maturidade. O ditado “a pressa é inimiga da perfeição” carrega uma sabedoria inominável. Entretanto, ao transmitir conhecimentos de raciocínio lógico a crianças que mal falam direito, elas sentem-se obrigadas a assimilar, pois confiam em tudo aquilo que figuras de referência como pais e professores a oferecem. Todavia, áreas de seu cérebro que deveriam estar ocupadas em desenvolver seus aspectos físicos e emocionais, passam a se envolver em aprendizados que deveriam ser apresentados anos mais tarde, não fosse o imediatismo da vida moderna.  A antecipação de determinadas capacidades, gera um reflexo sobre as demais. Um precoce excesso de estímulos ligados ao intelecto leva a uma hipertrofia de capacidades racionais, criando-se um desequilíbrio, e inclusive uma possível atrofia de outras de caráter psicológico, por exemplo. A consequência disso são adolescentes capazes de enfrentar um vestibular, mas incapazes de lidar com suas próprias emoções. Adultos que aos 35 anos já atingiram o ápice da carreira, mas que no quesito relacionamentos, estão engatinhando. Tornam-se analfabetos emocionais.



As escolas acabam se perdendo nessa maré de informações pois passam a fornecer a educação de acordo com a busca dos pais. E inicia-se um círculo vicioso sem fim. Pais ansiosos, filhos sobrecarregados e escolas que oferecem a hiperestimulação como uma forma de ensino saudável. Para completar, ao chegarem em casa não encontram um ambiente de acolhimento onde possam simplesmente brincar. Pelo contrário, enfrentam a ausência dos pais e são arremessadas em mais atividades. Isso para não dizer quando são entregues a aparelhos televisivos ou eletrônicos em geral, os quais trazem a crença de que “relaxam”. A esse respeito, Heinz Buddemeier, especialista alemão na Ciência dos Meios de Comunicação, esclarece, “quem está cansado procura distanciar-se, assim que possível dos estímulos sensoriais do dia. Quando se vê televisão, acontece o contrário: a consciência amortecida é bombardeada com impressões óticas e acústicas ainda mais intensivas do que as do dia a dia. Com isso é provocado um estado de tensão interna, que subjetivamente é sentido como estado de atenção”. Ou seja, a grande maioria das crianças contemporâneas está constantemente em estado de alerta. São os adultos estressados de amanhã.



Crianças são simples, os adultos é que as complicam. Crianças são capazes de realizar o que adultos deixaram de ser. Elas criam e transformam objetos com a maior maestria, mas a escassez desses atributos em seus cuidadores, faz com que a criação ceda seu lugar ao comodismo. Lojas de brinquedos são abarrotadas de brinquedos prontos, pobres e inúteis. Porém a sociedade continua aplaudindo impiedosamente lançamentos infantis onde ao apertar um botão, a criança olha passivamente ao espetáculo que um pedaço de plástico qualquer reproduz. Isso as aprisiona e aniquila seus questionamentos. Não é à toa que a sabedoria inconsciente das crianças, as fazem abandonar esses brinquedos após alguns minutos de falso entretenimento. 

Também chama atenção como os adultos além de incentivarem os pequenos a se entreterem com eletrônicos, também ficam admirados com a habilidade que todos têm ao manuseá-los. É frequente a frase: "Nossa, é impressionante como ele mexe direitinho no celular!" Mas o que impressiona tanto, afinal? Talvez um macaco mexendo em um ipad habilmente, fosse motivo de real espanto! Mas para um ser humano que é capaz de aprender faculdades complexas como andar, falar e pensar? Definitivamente, nossa cultura tem subestimado as infinitas possibilidades que toda criança carrega dentro de si. É, pelo contrário, lastimável vê-la perder seu precioso tempo nesse tipo de diversão, e é de fato um grande desperdício.  Brincadeiras ao ar livre, onde a liberdade de criação é exercitada e o movimento corporal é bem vindo, lhes toma todo tempo do mundo e sua energia é gasta de maneira muito mais produtiva. Crianças que brincam de verdade e recebem a devida atenção, têm suas necessidades básicas, tais como sono e alimentação, em ordem plena e esse é um dos grandes indícios de que estão no caminho certo.

“Exigir uma competência extremamente precoce em informática tem a ver com um conflito condicionado pelo aspecto psicoevolutivo, pois a introdução ao computador, bem como sua utilização, podem levar à obstrução das capacidades linguísticas. O que é perdido na infância, nesse campo, não pode ser recuperado mais tarde. Em compensação, os conhecimentos de informática podem ser adquiridos em qualquer idade. Assim não existe absolutamente fundamento algum em fazer lidar com o computador precocemente”. Heinz Buddemeier 

Porém, apesar da situação parecer estar fugindo do nosso controle. A saída existe. Mas para que ela seja encontrada, faz-se necessário a conscientização dos educadores. Em uma sociedade onde as mães (e pais) continuem optando por deixar seus filhos à mercê de babás ou prossigam os matriculando em escolas que ao invés de olharem para aquele pequeno ser em construção, enxerguem um mini executivo de terno, gravata, e fraldas (!), o cenário não é suscetível a mudanças.

Apesar de ser minoria, existem escolas realmente preocupadas com o desenvolvimento sadio das crianças e capazes de preservar o lúdico em suas vidas ao invés de abarrotá-las de informações desnecessárias para sua faixa etária. Porém, convém ainda assim precaver-se. Como a oferta aumenta conforme a procura, é perigoso comprar gato por lebre e investir em escolas "construtivistas só de fachada". Falam bonito mas fazem tão feio quanto as demais. É importante avaliar principalmente a filosofia em que estão embasadas e assegurar-se de que a teoria é de fato colocada em prática.

Um exemplo seguro são as Escolas Waldorf, as quais orientam-se a partir da Ciência Antroposófica, fundada por Rudolf Steiner, e aplicam uma pedagogia voltada ao desenvolvimento integral da criança e do jovem. Caracterizam-se pelo incentivo à criatividade, nutrindo a imaginação e conduzindo os alunos a um pensar livre e autônomo.

Mais informações

A educação começa em casa, mas uma boa escola pode fechar esse ciclo com chave de ouro! Delegar a educação de um filho e anos mais tarde exigir dele algum tipo de comportamento é definitivamente incoerente. Restará aos professores ou aos psicólogos, imersos nesta mesma sociedade imediatista, remediar, futuramente, uma situação que foi criada pela ausência de atitude dos principais responsáveis. E ainda que assim seja, tudo o que é remediado perde sua essência natural. A natureza oferece gratuitamente uma ordem insubstituível, mas o ser humano não a valoriza, e se esquece de que cada um colhe exatamente aquilo que plantou.



segunda-feira, 19 de maio de 2014

Por que desenhos animados e jogos eletrônicos aparentemente inocentes podem ser tão prejudiciais às crianças?



     
     Quando perguntamos às crianças o que lhes vem em mente quando o assunto é entretenimento, surgem diversas atividades. Porém, as brincadeiras que exigem movimento tem perdido espaço para as “atividades estáticas”, voltadas a jogos de celular, computador, ipad, iphone e televisão, entre outras.


A grande diferença é que as atividades onde o movimento é priorizado colocam a criança em ação, há troca de energia. Enquanto as estáticas as deixam em uma atitude extremamente passiva, e sua única "atuação" é como espectadora. Buddemeier, especialista na Ciência dos Meios de Comunicação, descreve como é fácil, em entretenimentos desse tipo perceber a cabeça e o restante do corpo imóveis, assim como uma completa inatividade dos sentidos. A visão também é subestimada pois a criança enxerga tudo sempre à mesma distância e o mecanismo sensível da visão não recebe estímulo, se degenerando e atrofiando pouco a pouco.  É interessante notar que técnicas de fixação do olhar são utilizadas pelo tratamento através da hipnose, ou seja, nesse estado a consciência assume papel secundário, deixando o indivíduo extremamente suscetível.  Apenas o ouvido funciona, e mesmo assim parcialmente, devido ao som localizado e à distorção sonora. As crianças acabam ficando desorientadas e se acostumam com imagens prontas, inibindo seu potencial criativo e as fantasias tão imprescindíveis para futuramente, saberem lidar com novas situações.



Crianças e mídia: Buddemeier alerta para o papel dos pais

http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=304334



Todo passatempo pronto, enfraquece a vontade e o incentivo. A vontade é reprimida, pois tudo acontece sem a contribuição da criança. No caso da televisão, esta já pensou, já escolheu e já disse. Mais tarde, seus pais ou seus futuros chefes se queixarão de jovens estagnados e sem iniciativa. E a origem está aí, nos primeiros anos de vida.


Alguns pais se contentam com o fato do jogo, programa ou desenho ao qual a criança está exposta ser “educativo”. Mas será que eles sabem o que de fato educa? Sabem que para uma criança realmente aprender e para algo ganhar sentido, é preciso a criação de um vínculo afetivo e que vínculos só são criados através de relacionamentos reais e não virtuais?  O que é aprendido virtualmente não pode ser transposto para a realidade. Além disso, que pais são esses que delegam a um aparelho eletrônico, a tamanha responsabilidade que é educar um filho? O que é realmente educativo? Uma criança ouvir uma canção vinda da própria mãe, promovendo uma troca de emoções vívidas, onde a atenção é dirigida de maneira singular e única, ou ouvir um bicho animado pulando e cantando através de um aparelho frio e distante de maneira mecanizada e voltado para a grande massa? Quem se habitua a ouvir sons emitidos por aparelhos eletrônicos, torna-se insensível à voz humana, aos suaves timbres de um instrumento musical ou aos delicados sons da natureza. Desta forma, há um reforço do isolamento e o contato interpessoal deixa de ser exercitado.






Então aparecem frases do tipo: “Mas meu filho adora ouvir a fulana colorida cantando, ele fica vidrado, nem pisca!”. No início do texto encontra-se a explicação para isso. Essa postura fixa nada tem de positiva, pelo contrário, denota quão prejudicial é tal imagem.  E é claro que ele gosta! Que criança não gosta de uma canção? Mas será que esses pais já se deram conta do quanto seus filhos também adoram ouvi-los cantar ou lhes contar uma história? A diferença é que nestes casos, seus olhos brilham. Essas experiências são insubstituíveis! A criança precisa de vivências concretas, somente estas lhes fornecerão bases profundas para um desenvolvimento sadio. Se lhe oferecerem apenas conteúdos desprovidos de reais sentimentos, só lhe restarão emoções superficiais a serem expressas. E é este um dos grandes males dos jovens e adultos contemporâneos.


Uma crítica comum ao ponto de vista que evita o contato excessivo com conteúdos dessa espécie é se a criança não vai ficar alienada do mundo. A réplica se caracteriza por vários fatores: o mundo está formando seres humanos tão exemplares assim, a ponto de deixarmos nossos filhos fazerem exatamente o que a maioria faz? Ou será que andarmos na contramão é um sinal de consciência saudável e percepção diferenciada? Substituir a atenção das crianças a sensacionalismos excessivos por leituras inteligentes e formadoras de opinião não seria um caminho mais apropriado do que mantê-las presas a um pensamento massificado e que tem trazido resultados desastrosos para a humanidade? Por que deixar o mundo lá fora orientar nossos filhos se estamos cansados de saber que os valores estão invertidos e que algo precisa mudar? Portanto, há realmente algo de tão perfeito e valioso a ser aprendido através de programas televisivos ou softwares “educativos”? Não ser conformista é o primeiro passo rumo à conscientização e ao consequente progresso da humanidade.


Na Europa já existem hospitais especializados nos males causados pela televisão. Segundo Buddemeier, pesquisas mostraram que: “Utilizando como critério a frequência de cenas violentas, observa-se que os programas de ficção ocupam o primeiro lugar, sendo que 93% deles contêm cenas de violência. Surpreendentemente, o segundo lugar é ocupado pelos programas infantis: 89% deles contêm violência”. As crianças se acostumam de tal modo ao conteúdo agressivo ao qual são expostas frente às telas, que se tornam necessárias sensações e estímulos cada vez mais fortes para mobilizá-las. Aos poucos, a sensibilidade é perdida.


Em um estudo americano intitulado “Television and violence” realizado por Centerwall, ele afirma que “a violência grave explode frequentemente em momentos de grande estresse, e o mais provável é que, exatamente nessas ocasiões, jovens e adultos recorram às suas mais arraigadas ideias sobre o significado da violência. Grande parte desses conceitos terá advindo da televisão”.


Enfim, é cada vez mais preocupante saber onde estão esses pais enquanto seus filhos requerem atenção e direcionamento. Será que esse apelo ao fator dito educativo dos programas ou essa busca frenética por preenchê-los de atividades e informações, não é muito mais uma fuga de suas próprias responsabilidades? Pois não basta proibir ou ignorar a televisão e outros tipos de diversões fáceis, deve haver uma substituição por algo saudável. Contudo, para oferecer opções positivas para os filhos, esses pais precisam estar disponíveis.





Aí entramos em mais um âmbito repleto de contradições. A sociedade moderna abre mão de todas as suas relações em nome de retorno financeiro. Não basta ter o dinheiro suficiente para o necessário. É preciso ter mais. É claro que não podemos generalizar essa situação para famílias de baixa renda que não tem alternativa a não ser trabalhar noite e dia. Aqui está em pauta pais que acabam gastando grande parte do seu salário terceirizando suas relações, mas não abrem mão dessa mesma quantia para passarem mais tempo com seus filhos. Trabalham excessivamente para pagar a babá, para proporcionar-lhes atividades extras e para chegarem exaustos em casa apenas no momento de desejar boa noite. Há um contrassenso aí, não? Por que a opção de trabalhar menos e ganhar o suficiente para estar com o filho, não é levada em conta? Criança não precisa ter seu tempo entulhado com atividades intelectuais, precisa sim de mais tempo recebendo atenção, carinho e afeto.


Ser mãe é muito diferente de simplesmente ter filho e educá-lo é trabalhoso, delegar essa função o prejudica. É preciso pensar antes! Se os casais planejassem a chegada de um filho, assim como planejam sua festa de casamento, sua viagem de lua de mel, o apartamento onde desejam morar ou até mesmo como planejam a compra do enxoval do bebê nos EUA... Já seria meio caminho andado!


Estamos em um círculo vicioso que requer uma nova consciência. A televisão e a tecnologia em geral não são os únicos vilões da história, mas é importante notar que ambos estão a nosso serviço e não nós a serviço deles, como tem acontecido.  Devem ser utilizados com bom senso e parcimônia. Além disso, o materialismo atingiu tal nível, que o ser humano não consegue diferenciar necessidade de prioridade. E nessa contramão de valores, a educação ganha um presente grego: educadores despreparados.





Devemos cultivar valores internos onde a essência se sobrepõe à aparência, onde o ser prevalece ao ter e onde o real e verdadeiro seja priorizado. Somente assim haverá pais conscientes e com conteúdo passível de imitação para seus filhos. Crianças imitam o tempo todo, há inclusive uma imitação inconsciente presente sem cessar. Se o exemplo que elas têm em casa as alimentarem de maneira superficial, teremos futuros adultos com esse mesmo perfil atuante. É preciso iniciar uma mudança de dentro para fora. Quem quer viver em um mundo melhor, deve ser melhor e dar exemplos melhores. Uma andorinha não faz verão, mas se não existir a primeira para começar, nada nunca irá mudar.